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Encontro de Gestores Escolares reuniu educadores de vários Estados do Brasil no Rio

Metas de aprendizado, dever de casa, meritocracia, tecnologia, avaliação, importância do material didático, tempo de ensino, fortalecimento de equipe e crenças positivas foram alguns temas abordados no Encontro de Gestores no sábado (21) no Hotel Windsor Atlântica, no Rio. Promovido pelo Sistema de Ensino GPI, o evento teve a participação do economista e articulista de Veja, Gustavo Ioschpe e do mestre em Administração de Empresas, Dalmir Sant´Anna. Da mesa redonda participaram o presidente da rede Pensi de Ensino, Bruno Elias e os diretores Fábio Oliveira e Rafael Cunha, o gestor escolar Daniel Machado e a pedagoga Márcia Gioffi, diretora do Pontinho-Recreio. Da equipe do GPI, Márcio Cohen e Cesar Menezes falaram sobre modelo de gestão escolar e resultados.

 

Munido de pesquisas e dados científicos, o mestre em Economia pela Yale University, Gustavo Ioshpe, ganhador do Prêmio Jabuti com o livro ‘A ignorância custa um mundo’, falou sobre a educação no Brasil e no mundo, os caminhos para o êxito acadêmico, práticas de ensino e apresentou aos gestores diversas sugestões e orientações. Segundo Ioschpe, é fundamental ter mecanismos de intervenção rápida quando o aluno não estiver aprendendo;

 

‘O professor precisa avaliar se o aluno está aprendendo, se o seu método está funcionando e a avaliação é a ferramenta fundamental nesse processo’, disse. Ioschpe ressaltou que o dever de casa e a correção comentada fazem grande diferença na aprendizagem;
_ ‘A avaliação leva o aluno a estudar mais e aprender mais, além disso, reflete o trabalho do professor e da escola e permite uma intervenção rápida caso os resultados não sejam positivos’, destacou.

 

O material didático é outro suporte importante ao aprendizado e no sistema de organização escolar, mas, segundo Ioschpe, a tecnologia é desnecessária em sala de aula;
“Ferramentas tecnológicas por enquanto não passam de puro marketing. Não existe resultado positivo no processo de aprendizagem”, afirmou.

 

Ressaltando os resultados extraordinários do GPI sob o ponto de vista pedagógico, César Menezes falou do crescimento exponencial do Sistema de Ensino, que hoje tem cerca de 70 conveniados no Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo;
“Das escolas conveniadas, 80% é líder em sua região”, revelou.

 

Márcio Cohen deu dicas de como fazer o aluno se interessar pelo conteúdo através de ferramentas didáticas, citou a monitoria online, a importância dos estudos em casa e abordou os elementos de diferenciação da escola modelo, que inclui uma boa equipe pedagógica e de coordenação.

 

‘Um bom coordenador precisa conhecer bem a escola, ter um diagnóstico de resultados em cada disciplina’, explicou.
A palestra de Dalmir Sant´Anna encerrou o encontro. Premiado nos últimos anos pelo SBT e pela Record News, conquistando o prêmio ‘Palestrante Destaque Empreendedor’, Sant´Anna é autor dos livros ‘Oportunidades’ e ‘Menos pode ser Mais’. De forma dinâmica e divertida, ele falou do trabalho em equipe nas instituições de ensino e como fortalecer o papel do educador como agente do processo social de interação, cooperação e socialização.

 

Segundo Sant´Anna, o grande desafio da educação está em transformar a escola no objeto de desejo do aluno e o comprometimento do profissional de educação é fundamental nesse processo, preparando o conteúdo de cada aula de maneira envolvente dinâmica e participativa;

 

“Preocupar-se com o ambiente de trabalho em equipe tanto por questões de melhoria, como de valorização do ambiente educacional, demonstra na prática o nível de envolvimento em fortalecer as habilidades e as capacidades profissionais” disse.

 

Para Dalmir, ao aplicar ações como respeitar a diversidade, combater a fofoca, intensificar o comprometimento, fortalecer a cooperação, reconhecer e agregar valor as pessoas, professores e gestores contam com mais possibilidades de fomentar o trabalho em equipe no sistema educacional;

 

“Ao aplicar estas ferramentas o clima será harmonioso, produtivo e com profissionais mais satisfeitos. O desafio de cooperar na diversidade consiste em perceber que existem pessoas que não necessitam de um líder ao lado todos os dias, pois detém iniciativa para pesquisar e avaliar seu próprio resultado” disse.